segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Na pintura

Proserpine -
Româ: Punica granatum
Virgin Mary - Rosas: Rosa sp.,
Videira: Vitis vinifera 
B. Damozel
Lírios: Iris sp.
           No século XIX, surge na Inglaterra um movimento literário e artístico, criado por um grupo de intelectuais com o objetivo de responder às mudanças sociais e culturais ocorridas devido à revolução industrial. Entre os mesmos, encontrava-se  Dante Gabriel Rossetti, artista, que também acreditava que a sociedade da altura estava a perder as suas bases morais e éticas,  e que deveria seguir ou estar mais próxima  dos valores ligados à natureza, tais como seguidos na antiguidade clássica e a sociedade da idade média. Influenciados por poetas medievais, tais como Dante Aligheri, este artista em particular, representava plantas nos seus quadros pelo significado simbólico. Criou vários quadros famosos, entre os quais: Proserpine, The Girlhood of Mary Virgin, Blessed Damozel, Roman Widow, entre outros.
Roman Widow -
Rosas: Rosa sp.





quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Poesia

                                                                                                              
Se andava no jardim, 
Que cheiro de jasmim!
Tão branca do luar!
A hora do jardim.
O aroma de jasmim.
A luz do luar. 
 

Pessanha, C. in Se andava no jardim

domingo, 4 de setembro de 2016

Na tinturaria...

As plantas, dão também o seu contributo na tinturaria, de onde surgiram várias cores para tingir tecidos e peças de vestuário. Na ilha da Madeira desde o início do povoamento, séc. XV, os primeiros colonos, engenhosos, para obter as cores desejadas recorriam a vários processos e fontes, de origem vegetal: índigo (Indigofera tinctoria), casca de nogueira (Juglans regia) e/ou carvalho (Quercus robur), dragoeiro (Dracaena draco), entre outras; e de origem animal: chocos, búzios, etc... Em laboratório, apenas no séc. XVII foram isoladas as primeiras cores primárias, e a partir do séc. XIX, surgem então um maior espectro de misturas e degradações, oferecendo aos fabricantes de tecidos, inúmeras combinações.
O azul é raro nas plantas, como tal, o famoso azul índigo proveniente de Indigofera tinctoria, família Leguminosae, continua em muitas culturas contemporâneas a ser utilizado para tingir vestes tradicionais de comunidades, que vivem em regiões desde África (Marrocos) à Arábia. Entre estas, estão as "pessoas azuis do Sahara" ou as "pessoas do véu": os tuaregues, grupo nómada que vive no deserto do Sahara, e que tradicionalmente usam o tagelmust, simultaneamente véu e turbante, azul, que tornou-se um símbolo de status e prosperidade, e de um grupo ético. 

De Carvalho, L. M. 2011. The Symbolic Uses of Plants, in Ethnobiology. (eds. E.N.Anderson, D.Pearsall, N.Turner), John Wiley&Sons, Inc., NJ, USA.Nóbrega, M.A.C. 1999. O Traje Regional - Achegas para a sua Divulgação. 1.º edição. Editorial Eco do Funchal, Camacha.